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Falando de Tatuagens



     Tatuagens. Estudos arqueológicos demonstram que os seres humanos tem o costume de pintar e marcar o próprio corpo desde os anos 2000 a.c., com diversas provas em regiões como no Egito, Polinésia e Nova Zelândia, mas em pleno século XXI esse assunto ainda é frequentemente estigmatizado e alvo de diversos tipos de preconceitos por parte da sociedade. Em diversas áreas do mercado de trabalho, como por exemplo no ramo do direito ou da justiça, candidatos que possuam tatuagens são proibidos de ingressarem em cargos públicos pelo simples fato de possuírem uma tatuagem no corpo. 
     Esse preconceito contra pessoas que possuem tatuagens começou no ano de 1879 quando a Inglaterra passou a identificar seus criminosos com essa técnica de marcação definitiva da pele, e a partir disso as tatuagens começaram a serem vistas como símbolo de pessoas de mau caráter e fora da lei. Várias religiões também contribuíram para essa estigma contra as tatuagens, onde na maioria delas, modificar o próprio corpo seria uma afronta a imagem de Deus, que teria nos criado conforme sua imagem e semelhança.
 Judeu tatuado no Terceiro Reich
     Além da Inglaterra, a Alemanha Nazista do período do Terceiro Reich de Hitler, também usou a técnica de tatuagem para marcar os Judeus e os identificarem nos campos de concentração. Com tantos maus usos e tantas tentativas de demonificar essa técnica, é fácil perceber de onde esses preconceitos vieram e se enraizaram na sociedade.
   
      Mas o que são as tatuagens senão uma forma de expressão individual de sua criatividade, liberdade, ideologia, amor, credo ou qualquer que seja a motivação que levou a pessoa a tatuar definitivamente em si uma frase, um símbolo, uma imagem, etc. No mundo de hoje, cheio de intolerância, racismo e preconceitos é importante ter em mente que ninguém é melhor ou pior por ter uma marca na pele, ou uma religião diferente, ou um lado político, ou cor de pele, orientação sexual e qualquer outra possível forma de diferenciação entre os seres humanos. Cada pessoa possui seu corpo e o direito inviolável de fazer com ele o que bem entender. Tatuagem é Arte, Não Estigma! 
     
Minha Primeira Tatuagem
     Quando fiz a minha primeira Tatoo (Triskle Celta), tive um sentimento inesquecível de liberdade e essa marca me traz muitas boas lembranças de intercâmbio, dos meus amigos que me acompanharam e desse ótimo momento que vivi. Não há como explicar a uma pessoa que não tem tatuagem esse apego que se cria com um simples símbolo marcado na pele. É uma coisa completamente pessoal e o significado vai além da própria tatoo. Para quem deseja ter uma, saiba que dúvidas sempre vão existir até o grande momento de materializar esse desejo.


     Pela experiência que tive, diria que o mais importante é ter coragem de fazer o que quer independente do que os outros pensem; refletir bem sobre qual local se quer fazer; qual é o desenho ou frase a ser pintada; maturar um pouco a ideia e o que isso significará pessoalmente; procurar um estúdio capacitado e com condições de higiene adequadas; e por fim fazê-la. 
     
     E você, já tem a sua tatuagem? Não ligue pra os preconceitos, seja criativo e vai pra maquininha! Veja logo mais um vídeo sobre o processo de realização de tatuagens (nāo dói como parece) e como não podia deixar de ser no blog, um clipe de uma música do Cazuza sobre o que penso para a minha próxima Tatoo. 





Comentários

  1. Eu tô querendo começar um curso de tatuagem
    aqui no Rio de Janeiro. Gosto muito da arte e quero virar um profissional na área. Valeu pelo artigo!

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