Desde a posse do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, no dia 20 de Janeiro, o mundo passa a conhecer uma nova ordem de poder e influência. Ofensas a mexicanos, deficientes, mulheres, muçulmanos, jornalistas e inúmeras outras pessoas não foram suficientes para por um fim na famigerada candidatura de Trump. Sua campanha foi pautada por escândalos, diversas declarações polêmicas, mentiras; ele ainda recusou expor sua declaração de impostos e falou que aceitaria o resultado das eleições "se ganhasse".
Após sua posse, esperava-se que o magnata adotasse um tom mais presidencial, diminuísse o número de tweets e passasse a tentar conciliar o país para enfrentar os quatro anos de mandato. Mas ao invés disso no seu primeiro dia no cargo, Trump passou boa parte do seu discurso para os agentes da CIA falando que a mídia mentiu sobre o tamanho da platéia que acompanhou sua posse. A imagem comparativa entre a posse de Obama e a dele colocadas lado a lado mostram brevemente a diferença entre o presidente que sai e o que entra. Veja a imagem abaixo, com a audiência de Obama à direita (óbvio!) e a de Trump à esquerda.
Não bastasse tudo isso, Trump mandou o seu secretário de imprensa Sean Spicer fazer sua "estreia" e defender o tamanho de sua audiência além de colocar mais lenha na guerra contra a imprensa. Ele inicialmente falou que nenhum órgão de Washington emitiu estimativas sobre a quantidade de expectadores e logo depois disse que a posse de Trump foi sem dúvidas uma das maiores já vistas. No dia seguinte, Kellyanne Conway, que foi a coordenadora da campanha do atual presidente atualmente é uma conselheira do governo, foi a TV defender o secretário de imprensa, afirmando que ele não mentiu, mas apenas apresentou "fatos alternativos". Veja abaixo (legendas disponíveis)!
Parece que a política não cansa de inventar termos novos para justificar a falta de ética e transparência. Mentiras não existem. Apenas inverdades ou fatos alternativos. Pra quem achava que eleição ganha com mentiras era patrimônio Brasileiro, ficou desapontado com a performance do Americano. Deixou Dilma e seu marqueteiro (preso) João Santana com cara de amadores na arte dos fatos alternativos, ou será que em 2014 a recessão de hoje já não era anunciada e o Brasil estava perfeito como foi cantado pela campanha da eleita (e impichada) Dilma Rousseff.
Vou elencar agora alguns Fatos Alternativos que gostaria que fossem realmente FATOS:
- Que os Estados Unidos possuíssem sistema de votos diretos e com isso os quase TRÊS MILHÕES de votos a mais que Hillary Clinton obteve nas eleições tivessem dado a vitória a primeira mulher presidente dos EUA.
- Que Bolsonaro não tivesse chance alguma de se tornar o nosso Trump nas próximas eleições presidenciais no Brasil.
- Que os políticos do mundo todo falassem menos fatos alternativos e mais verdades.
- Que Donald Trump nos surpreenda e se mostre um grande presidente.
- Que a onda conservadora que o mundo está passando não traga retrocessos quanto a direitos fundamentais como liberdade de imprensa, religiosa e de gênero.
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