O transe inebriante da vida em quarentena afasta a mente muitas vezes da realidade e de como as coisas funcionam em tempos normais sem pandemia. Somos pegos muitas vezes sendo arrastados pela espera de uma retomada incerta e sem programação no horizonte. Aguardamos ansiosos para ter de volta aquele mundo que não conhecia o coronavírus e que éramos felizes, tristes, com nossas conquistas e nossos fracassos, cansados, motivados, enfim… VIVOS. Parece outra vida aquela que era possível sair na rua, apertar a mão de um conhecido, abraçar um parente distante, ir em festinhas e assistir aulas presencialmente. Mas aquele mundo de antes da pandemia não existe mais e nem existirá. E isso não quer dizer que não voltaremos a fazer tudo o que fazíamos, mas apenas quer dizer que após esse período em transe, não seremos mais os mesmos. A realidade se revela em pequenos instantes e sua nova face é de um mundo profundamente marcado por pessoas feridas por essa experiência surreal de confrontar um inimi
Nessa época de pandemia e isolamento social, o mundo parou para enfrentar essa ameaça invisível que vem tirando milhares de vidas diariamente. Essa situação afetou os setores do entretenimento, das tvs, do esporte, a economia e mudou completamente a vida de todos. De repente, toda a correria, tarefas, compromissos e prazos, se acabaram. De repente, aquelas 24 horas que pareciam insuficientes pra dar conta de trabalho, academia, descanso, lazer; se transformaram em longos dias e noites, cheios de tempo e tédio. De repente, as ruas e shoppings lotados deram lugar a cenários quase apocalípticos, cidades desertas e poucas pessoas distanciadas umas das outras, utilizando máscaras e vestidas de medo. Agora que as TVs inundam as programações com reprises de programas, jogos antigos e repetição de novelas, uma onda de nostalgia toma conta também das pessoas. Não há nada novo pra distrair no mundo digital. Existe um vácuo na criação de conteúdo “Ao Vivo”. Mas e nossas v